Coluna: Excelência em Nefrologia
06/12/2019
Os rins policísticos

A Doença Renal Policística é caracterizada pelo surgimento de múltiplos cistos nos rins ao longo da vida, que crescem e se multiplicam, ocupando o lugar do tecido renal sadio, levando ao aparecimento de insuficiência renal crônica. Por ter origem genética, ela é passada de pai para filhos, com chance de 50% do filho herdar a doença se o pai for portador. Atualmente, cerca de 5% dos pacientes que fazem hemodiálise no Brasil, são portadores de rins policísticos.
Costuma ser silenciosa por várias décadas, provocando sintomas em fases mais tardia da doença renal. A grande maioria das pessoas descobre os cistos por acaso, em exames de rotina, como o ultrasson abdominal. Portadores dessa enfermidade costumam desenvolver cistos em outros órgãos, como fígado e pâncreas.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por exame de imagem, sendo a ultrassonografia o método mais amplamente utilizado. No entanto, pessoas com menos de 30 anos necessitam de métodos de maior acurácia diagnóstica, como tomografia ou ressonância, visto que até essa idade os cistos podem não aparecer na ultrassonografia devido ao seu pequeno tamanho.
Até o momento não há cura, entretanto é possível tratá-la para retardar o crescimento dos cistos e a progressão para doença renal crônica. O tratamento se baseia em mudanças no estilo de vida, como baixa ingestão de sal (2g por dia), consumo de bastante líquidos (mantendo a urina sempre clara e sem odor), controle da pressão arterial e prática regular de exercícios.
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